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FASHION | A segunda linha da Alta costura?


Por Lais Ribeiro                      

E a classe social volta a ser pauta no cabide, pois além de ser um assunto intrigante e polêmico, podemos adquirir conhecimento e saber diversas opiniões. Mais o que me inspiriou esse post, foi assistir as aulas de Marketing na faculdade e descobrir que grandes empresas que tem o publico alvo voltado para a classe alta, sempre tem a segunda linha como alicerce, assim, terá lucro em ambas as classes. Exemplo o Panetone da Bauducco, líder no ramo alimentício, mas, não tão barato, resolveu criar a Thommy, que é da mesma marca, mesmos ingredientes, mais diferente nas medidas, assim a qualidade não será a mesma. Um assunto que me despertou a curiosidade, e me perguntei, será que na moda é assim também? Sim, atualmente, a expressão segunda mão é vista em todas as fast fashion internacionais e nacionais, onde, as peças são segunda mão, mais com o preço acessível a qualquer pessoa, como diz o tal ditado bom-bonito-barato. Quem nunca na hora das compras desistiu de comprar um casaco de ‘alta costura’ para ter dezenas de peças de segunda linha. Tem horas que a quantidade fala mais alto que a qualidade, não é?
Mais porque a haute couture (alta costura) é tão inacessível?  E fui atrás da resposta, li o livro Deluxe – Como o Luxo perdeu o brilho da Dana Thomas, e me surpreendi de tanta informação. Ela relata como era o desenvolvimento das peças artesanais feitas para a burguesia européia e americana, no século 19. A burguesia que eu falo é Corte Real para cima, são peças patenteadas e com os preços iniciais a 30 mil euros (oi?). E as grifes que estamos falando? Chanel, Dior, Givenchy, e muitas outras marcas. E para entrar para esse grupinho nada poderoso, precisa de requisitos oficializados pela Câmara Sindical da Alta Costura, que é sediada na França. Ou seja, alta costura é sinônimo de exclusividade, ou vocês acham que as 200 mulheres que consomem a Alta Costura hoje em dia querem saber de vestidos que aparecem nos tapetes vermelho por ai? Estão enganados, quanto mais exclusivo e diferente melhor! Hora de brincar com os números: atualmente, são 23 grifes oficiais que desfilam para a Haute Couture em Paris, cada grife tem lá seus 20 vestidos por temporada, e se cada uma das 200 mulheres escolherem 1 vestido, daria para pagar os funcionários da Maison (sede da grife) com 5 andares, né? Haha! Pois é, e quem disse é que fácil manter um desfile de grande porte, houve grandes marcas que saíram do “clube” porque não conseguiram manter, como o Christian Lacroix que alegou falência. Participaram também grifes como Balenciaga, Lanvin e Yves Saint-Laurent, que prefiriram trabalhar apenas com o famoso prêt-à-porter (pronto para levar).



Espera ai, o texto é sobre segunda linha e não alta costura! Eu sei, mais como vocês acham que as marcas de second hand existe? Porque EU não tenho 30 mil euros para pagar num vestido. Tá, mais e daí? E daí que as grifes garantem seu ganha-pão fazendo as grandes parcerias ou produtos de beleza (perfume, batom) como a H&M (grande Fast Fashion) fazendo parte do grupo da Lanvin, ou a Stella McCartney fez a parceria com a C&A (post aqui). E o que a Dana Thomas quer dizer no livro é basicamente isso, as estratégias de marketing que grifes fazem para sobreviver, porque num mercado de luxo com preços exorbitantes é preciso ter um second hand atrás das mangas! Super indico a leitura do livro, fiquei fascinada como a autora foi atrás da história, analisando e comentando cada detalhe. E para concluir, o luxo perdeu o brilho da exclusividade por questão de necessidade, pois a maioria das pessoas independente da classe, tem acesso ao um perfume, um batom, uma carteira, seja lá o que for, e acredite, deveríamos ser gratificados com o grande auxilio na sobrevivência das grifes! Mas, enquanto isso, apenas sonhamos com os vestidos! (pelo menos eu, haha)



E ai o que acharam? Alguem já tinha conhecimento da Alta Costura? Quero saber TU-DO!

Beijos,
Lais Ribeiro.



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4 Comentários

  1. Eu sonho com os grandes vestidos, e o tapete vermelho, mas claro que pra financiar as grandes marcas os meros mortais precisam contribuir, ou você não fica mega tentada quando vê um produto chanel ou armani ao seu alcance? (mesmo que seja um gloss, eu fico! hahah).

    Adorei o texto!

    Beijos!

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  2. Ótimo texto!
    Nele fica nítida toda sua paixão e conhecimento pela moda!
    Parabéns!!!
    Tem futuro!
    Beijos e sucesso

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  3. O quer seríamos de nós sem as fast fashion, que nos permite sonhar com modelos de Altas grifes!

    Adorei o texto!

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  4. Pois é, todo mundo precisa de dinheiro, até as grifes. Porque nem todo mundo tem dinheiro para comprar só de grifes.

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