Por Bruno Oliveira
Ao começar esta resenha, eu me lembrei do meu primeiro contato com o filme que irei abordar, foi através do trailer, onde pude notar como é mágica a função do mesmo em denotar as fortes emoções que serão vividas durante as próximas horas em uma sala de cinema. E mais, as conclusões que podemos tirar em tão pouco tempo de exibição deste material que sintetiza a história do filme. Eu pude perceber o grande trabalho que envolveu a produção do mesmo, entre uma cena e outra, cria-se um grande espetáculo cinematográfico. Através do trailer surgiu o interesse de falar sobre o filme “O abajour” de Marcoz Gomez.
O filme conta a História de Guilherme (Alex Reis), morador do Leblon, leva uma vida sofisticada e namora a filha de um importante advogado da cena carioca. Com Características tradicionais da alta sociedade: Roupas de marcas, festas badaladas, além de ser considerado um jovem exemplar por amigos, ele esconde um segredo, parte principal do filme, ele é um “Abajour”, espécie de informante da polícia, e descobre que seu amigo de infância, Murilo (Daniel Bouzas) é viciado em drogas e está com uma dívida com um agiota (Daniel Braga). A partir do momento que nosso personagem principal resolve ajudar o amigo, se inicia uma batalha intensa, marcada por muita ação e cenas eletrizantes do começo ao fim.
Posto isso, verifiquei duas coisas que me chamaram a atenção: primeiramente a abordagem temática, desenvolver um enredo pautado em uma questão social tão recorrente no mundo em que vivemos é praticamente uma função do jornalismo. Temos aí um filme que segue as regras jornalísticas? Não! Temos um enredo verossimilhante com os conflitos sociais existentes, que vai além, mostrando como lidar com os altos e baixos da vida e denotar que o cinema brasileiro também é uma ferramenta de reflexão sobre a nossa sociedade e que não se entregou aos enredos tão comuns de bangue-bangue que uma ora ou outra aparecem na telona, não que isso seja ruim, mas “O abajour” ele rompe o limite imposto pelo cenário adotado para o cinema brasileiro atual!
Outro fato foi a descobrir como o mesmo foi feito. Nossa! Eu adoro essa parte, particularmente falando!. Não é um filme que segue as linhas de padrões comerciais, patrocinado por marcas de peso, modelo seguido por muitas produtoras consagradas aqui no Brasil, além disso, foge da escolha de um elenco com nomes conhecidos do grande público, o que me interessa mais ainda, pois dar certa vivacidade e importância a história, sai um pouco do óbvio de grandes filmes produzidos por aqui. ( ressaltei o nome dos atores na sinopse porque sem dúvida você vai conhecê-los!) É cinema produzido para quem quiser assistir, livre de um público em específico, uma obra Aberta, quase uma novela!Mas é cinema e brasileiro, repito isso, por que gosto da junção entre cinema e Brasil, é cinema independente de alta qualidade.
A questão mais incrível (essa eu cito como “extra”, porque se ressalta pela significância), foi o envolvimento profissional por trás do mesmo. Num total de 50 pessoas, 29 atores mais equipe técnica, o filme com quase duas horas de duração, foi produzido por pessoas de talento, em equipe, mostrando que a união faz a força, colocando em prática o que antes só se falava em teoria, e mais, o filme denota a junção perfeita entre técnica e Arte. Acredito que será um grande motor de esperança e motivação para todos aqueles que trabalham com a sétima arte, mesmo que ainda estejam em produções de curtas (como eu, por exemplo).
A questão mais incrível (essa eu cito como “extra”, porque se ressalta pela significância), foi o envolvimento profissional por trás do mesmo. Num total de 50 pessoas, 29 atores mais equipe técnica, o filme com quase duas horas de duração, foi produzido por pessoas de talento, em equipe, mostrando que a união faz a força, colocando em prática o que antes só se falava em teoria, e mais, o filme denota a junção perfeita entre técnica e Arte. Acredito que será um grande motor de esperança e motivação para todos aqueles que trabalham com a sétima arte, mesmo que ainda estejam em produções de curtas (como eu, por exemplo).
Não adianta ter somente uma idéia na cabeça e uma câmera na mão, como já dizia nosso mestre Glauber Rocha, Também!Mas para que o cinema aconteça, temos que ir além, quebrar paradigmas, fazer o diferencial, pois se o cinema é independente, ele também é diferente e tem potencial. E nessa rapaziada, EU ACREDITO!,Agora meus caros que eu liguei essa idéia em seus “escritórios cinematográficos”, popularmente conhecida como Memória, não se esqueçam de levar essa luz adiante!
Confira o Trailler:
Curtem cinema nacional? Gostaram do filme? Comentem!
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