Por Lucas Nobre
Empreendedorismo, negócios, internet, conversão, customização, investimentos, mercado digital, mobile, tendências, teste A/B... são tantas explanações! As empresas de renome estiveram presentes como Visa, Buscapé, Mercado Livre, Endeavor, IBM, Privalia, VTEX, Nova Puntocom, Walmart...
Foram mais de 2.800 participantes de 21 nacionalidades diferentes que assistiram quatro sessões paralelas conduzidas por mais de 80 palestrantes. Isso foi o E-merging Markets, maior conferência de empreendedorismo, tecnologia, internet e inovação da América Latina, feita em parceria com a Rede Innova e que foi realizada nos dias 29 e 30 de novembro no Sheraton WTC, em São Paulo.
Por que uma conferência com esses temas ganhou proporção tão grande? Pelos números da internet brasileira que não param de crescer. No nosso país, segundo o Ibope Nielsen Online, mais 77 milhões de pessoas tem acesso à internet que ficam, em média, 69 horas por mês conectados. Desta carga horária mensal, sete são dedicadas para acessar sites sociais e de comunicação on-line.
Até aí as mentes empreendedoras já arregalaram os olhos com uma possível oportunidade de negócios em um ambiente que está mudando constantemente.
O BRASIL, A INTERNET E O E-COMMERCE
Dos domicílios com acesso à internet banda larga, 50% pertencem à classe C, o que representa um número de 104 milhões de pessoas que movimentam algo em torno de 1 trilhão de reais. Essa mesma categoria de usuários consideram a internet como a forma mais importante de informação, desbancando os tradicionais rádio e televisão.
Tanto que ouvi essa conversa surreal perto do Meeting Point entre três pessoas enquanto elas manuseavam seus notebooks, smartphones e tablets:
- Há quanto tempo que você não lê um jornal impresso ou revista?
Silêncio longo.
- Se a versão online é igual a impressa, dá para dizer que eu não li o jornal?
- Revista no papel? Em consultório médico. Meio velhinhas, mas vale né?
Não foram tratados apenas o comportamento dos internautas enquanto consumidores de informações. O usuário de internet brasileira no ambiente de e-commerce foi muito abordado, discutido e até mesmo repensado.
Sim, oportunidades como a Rede Innova são justamente para isso: quebrar paradigmas. Uma delas foi quanto à segurança das operações de compra na internet, algumas vezes colocada em dúvida quanto ao risco de fraudes e outros desrespeitos ao consumidor.
Mas à medida que o tempo passa, essa desconfiança parece que vai fazendo parte do passado. Não se trata de uma constação banal deste blogueiro em busca de uma frase de efeito uma vez que foi baseada em uma metodologia clara de pesquisa.
Um levantamento realizado com 1023 brasileiros entrevistados pela OH! Panel mostra que 80% realizam compras pela internet. Mais da metade – 54,2% para ser mais preciso – tem um gasto médio entre R$100 e R$500 e utilizam de plataformas de pagamento on line.
O índice dos que tem total confiança em realizar compras com faturas superiores a R$1,5mil atinge 21,6%, influenciados pelos fatores comodidade (62,4%), segurança (60,6%), confiança no sistema (50,8%) e rapidez (49,7%).
Por mais que os assuntos abordados na conferência promovida entre a E-merging e Rede Innova fossem bem delineados, não adiantou muita coisa: tudo está encadeado.
Ao mesmo tempo que se falou com empolgação esses números do e-commerce, alguém despertou a questão da regulamentação do setor de comércio eletrônico. Outros, já relatavam exemplos de que a fidelização de clientes segue sendo um desafio, assim como a taxa de conversão. O que seria isso?
Sendo bem simplório, aquilo que você gostaria que os seus visitantes fizessem em seu site. No Brasil, essa taxa fica em média de 1.6. Para efeitos de comparação, nos Estados Unidos esse número chega a 3.3. Ou seja, temos muito chão para percorrer pela frente.
Conheci muitos empresários, executivos, empreendedores, profissionais diversos. Acho que a foto fala por si.
STARTUPS, QUANDO O TALENTO ESTÁ AQUI AO LADO: O CASO URUGUAI
Dei uma especial atenção ao ramo das startups (se o termo for novo para o leitor do Cabide Fala, entenda mais esse tipo de empreendimento aqui e acesse o principal site de referência no assunto no Brasil, o Startupi). Existe uma competição entre esse tipo de empreendimento promovido pela Rede Innova. Observei algo diferente. Bem diferente para ser bem honesto!
Sabe aquela situação em que você procura grandes talentos e eles estão mais perto do que você imagina? Isso acontece em todas (eu disse todas!) as áreas do conhecimento.
Não sei explicar o que pode justificar esse comportamento, mas fato é que sempre ficamos procurando referências de longe e acabamos ficando míopes com os exemplos que estão próximos a nós.
Foi justamente o que aconteceu nesta Startup Competition. Dos cinco classificados para estarem presentes nestes dois dias em São Paulo na maior conferência de inovação, empreendedorismo, internet e tecnologia da América Latina, duas eram do Uruguai.
A primeira que conheci era a Integra CCS, fundada por três sócios uruguaios. Um deles foi o administrador Joaquin Moreira (à esquerda na foto abaixo) e o engenheiro de sistemas Sebastian Gutierrez, ambos com 28 anos, vieram de Montevideo apresentar o empreendimento criado no ano passado e que é especializada em criar soluções de call centers, telefonia e comunicações para potencializar centros de contatos de diversos produtos e integrá-los para poder operar. Como? Acesse aqui.
Mesmo morando no Rio Grande do Sul e estando mais próximos dos uruguaios do que outros estados brasileiros, confesso que me senti um tanto desinformado quanto à realidade de uma startup de lá. Mas já tinha uma noção: não é fácil. Tanto que Joaquin admite que uma das motivações para candidatar a Integra CCS foi a perspectiva de entrar e se consolidar no mercado brasileiro.
O vencedor foi o Kidbox e você poderá conhecê-los no blog do Danilo Castro.
As principais atividades da Rede Innova em São Paulo foram transmitidas ao vivo pelo site oficial do evento, onde você pode conhecer mais a organização. Um time de blogueiros e twitteiros foram selecionados pela organização e O Cabide Fala entrou nesta lista do que fizeram a cobertura do evento.
O trabalho dessa equipe no Twitter, que tivemos a satisfação de fazer parte, pode ser conferido na hashtag #redeinnovabr11 .
Resumo do 1º dia do RedeInnovaBR11 por redinnova no Videolog.tv.
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