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Para que servem as cartas?


Por Bruno Oliveira

                                                          
   
Rio de Janeiro, 11 de Julho de 2012

Caro leitor, nessa era tecnológica, entre as redes sociais, trocas de mensagens instantâneas, videoconferências, e outras formas de comunicação digital. Nunca paramos para perguntar: “E as cartas?”, “elas ainda existem?”, “Servem para alguma coisa?”. Ora, eu diria que as cartas “ainda existem e ainda bem!”. Elas dizem: “Eu te amo”, “Feliz aniversário para os amigos e parentes (telegrama também é válido)”, “Participar daquela promoção para concorrer a um milhão de prêmios (basta enviar por carta, os códigos de barras dos produtos”,  e diversas finalidades.

Mas, o diferencial é o uso das mãos, ou melhor, o esforço delas. Não é fácil dedicar parte do tempo se equilibrando na ponta do lápis ou se esforçando com as gotículas finais da tinta da caneta.Limpar a poeira do dicionário e procurar a palavra exata ou o sinônimo. Apontar o lápis e trocar a caneta é essencial para o exercício.Desejar ser ambidestro(escrever com as duas mãos), acho digno para descansar uma das mãos enquanto a outra escreve.

Posto isto, acabo de descobrir uma nova função das cartas.... Montar um Espetáculo! Sim...Musicalizar, Dramatizar, e porque não, contar uma história. Ou melhor, A história! Pois, recordar o enredo da vida de um grande artista é um desafio e tanto.

“Herivelto Martins apaixonou-se por Lurdes Torelly, aeromoça de família Gaúcha tradicional, a bordo de um avião.Em meio a tantas cartas de amor, a relação durou 40 anos”. E o amor foi além, atravessou as palavras escritas nestas cartas e  parou no palco do teatro  na voz da divina Marília Pêra acompanhada de dois músicos. Entre uma melodia de uma música e uma prosa ora dramática ora bem humorada, a estrela narra diversos episódios destes relatos em forma de cartas guardadas por Yaçanã Martins, filha de Herivelto e Lurdes.

Apaixonante! O monólogo – musical : “Herivelto como conheci”, faz um passeio entre “Dois corações”,  contando como o amor é bom e “A vida boa...”.Mesmo que o início do romance seja um “Segredo” cheio de “recusa”. É como se tu “Atiraste uma pedra” no preconceito, sem precisar dar uma “Desculpa de ocasião”...Tenho certeza que o espetáculo foi preparado “Pensando em Ti”, caro leitor. (em aspas: composições de Herivelto)

Desculpe qualquer erro, escrevi esta resenha em forma de carta, passei tudo que escrevi em uma folha para a tela do word.
   
Sem mais delongas,

Bruno Oliveira

 

“Herivelto como conheci” com Marília Pêra , Texto de Yaçanã Martins e Cacau Hygino , direção Claudio Botelho ,está em cartaz no Theatro Net Rio de Quinta á Sábado , ás 21h e Domingo, ás 19 h. Plateia: R$150 | Balcão: R$100.Curta Temporada.

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