Por Lara Morais
Tenho a teoria de que toda música tem algo de bom. Que seja apenas o refrão, a introdução ou a melodia. Pode ser um músico, o vocalista ou um acorde. Mas toda música tem algo de bom.
Aí você diz: "ok, mas e o funk proibidão?", "quadradinho de oito, lek lek lek, bará bará bará e amigas?". E eu respondo: toda MÚSICA em maiúsculas mesmo) tem algo de bom.
Quando digo música, essa palavra mais do que linda, quero dizer conjunto. Um grupo de melodias que fazem algum sentido e uma composição que se encaixe em tom e ritmo.
Então, seguindo a teoria, é possível encontrar uma luz no fim do túnel nessa nova onda musical em que muita gente se afogou e pegou birra. Temos, galera, que apreciar o que é nosso, nossa brasilidade, seja boa ou ruim. Temos sim que aplaudir um Michel Teló que foi fazer turnê pelo mundo, mesmo que one hit wonder. Temos que desmistificar o cenário alternativo, se é que já não desmistificamos e aplaudir Emicida, Criolo, Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci (só pra começar) que foram pra Europa espalhar nosso som, praticamente, às próprias custas.
O Brasil já tem muita interferência norte-americana e europeia, diminuir algo nosso chega a ser feio. E isso também não quer dizer que os gringos não tenham suas bizarrices. Têm! E muito! Só que elas vêm pra gente já num TOP 10 de uma rádio qualquer e o que é motivo de piada pra eles, vira fenômeno pra nós.
A verdade é que existem músicas que são criadas com o propósito de entreter e cada um tem que entender que ela serve apenas pra isso. Vai ter público, vai ter seguidores, vai ter pessoas ouvindo nas ruas sem fones de ouvido (por favor, parem), vai ter. O que resta a você que não curte é compreender o papel que ela tem e parar de reclamar. O que é bom pra mim, pode ser um lixo pra você. E o que é bom pra você, pode nem ser considerado por mim. Gosto é gosto.
É só parar de classificar tudo como se fosse igual. Não é e você sabe. Ria das particularidades das músicas brazucas e solte o play, meu filho!
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