Por Thiago Cordeiro
Quando olhaste bem num teatro em Copacabana...
Percebeste que não se tratava de uma peça qualquer e, sim, de um emaranhado de emoções que culminava numa cena de adeus, pré-adeus e pós-adeus (?).
Para ser mais claro eu juro que não acreditei. Nem precisei me debruçar, me arrastar ou arranhar quem estava ao meu lado da plateia para perceber que ali continha um dos mais antigos sentimentos humanos: o ciúme. Contidos nessas gamas sentimentais vinham ainda a raiva, o desprezo, a inveja e, olha só, o amor! Sim. O amor.
Não posso negar que nas noites de Sábado (às 21horas), de Domingo (às 21) e de Segunda (também às 20), algo acontecia no teatro Gláucio Gil. Havia amor. Para dar, vender e despejar por todos que passassem por ali.
Sob direção de Emilio Orciollo Netto, o interessante elenco (Maria Eduarda de Carvalho, Bruno Padilha, Luiza Scarpa e Leandro Baumgratz) passeiam (com direito a nenhuma derrapagem) no amarrado texto de Fernando e Guilherme Scarpa.
Atrás da Porta – pode até ser considerada uma comédia dramática, mas há momentos em que a plateia fica tão estática esperando ansiosamente o desfecho daquela cena ultrarrealista que nem parece que depois de uma hora você terá que ir para casa e voltar ao seu cotidiano menos realista do que o que você acabara de presenciar.
A Maria Eduarda, depois em Em Família, parece vivenciar, com a sua personagem, uma família bem curiosa. O seu marido (Bruno Padilha) percebe demoradamente que a tal “família” está ruindo. O que fazer? Quem sabe convidar o casal de amigos vividos por Leandro Baumgratz e Luiza Scarpa para uma singela conversa? Quem tiver coragem, curiosidade, sangue frio e sangue quente que assista. Enfim... Quem tem sangue pelas veias que assista. E já que você tem...
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