Por Fábio Dias e Edilson Lopes
Izabel Alvares por duas vezes quase ficou fora do MasterChef, no entanto seu talento para a culinária a fez ficar e se tornar a grande campeã da edição de 2015. Na entrevista abaixo, ela faz curiosas revelações sobre sua vida, seu passado, sua participação no programa e expectativas e projetos futuros. Confira, está imperdível.
- Como surgiu seu interesse pela gastronomia?
Comecei a cozinhar aos 12 anos. Minha mãe não sabe nem fazer arroz, então comecei por necessidade mesmo. Meu pai cozinha super bem mas, por morar fora, eram poucos os momentos em que sentávamos à mesa e comíamos seus pratos maravilhosos. Acho que essas experiências foram importantes para que eu valorizasse a gastronomia e o ato de comer também de forma emocional.
- Por que você se inscreveu no Masterchef Brasil?
Sempre desejei trabalhar com gastronomia, mas não tinha coragem. Quando me vi com 31 anos e essa vontade muito latente, conversei com o meu marido e pensamos que o programa poderia ser uma alternativa muito boa pra mim. Como já não sou uma menina, mudar de profissão com a exposição do programa me faria pular algumas etapas na profissão.
- A sua trajetória no Masterchef foi marcada por dois renascimentos; logo em sua primeira prova diante dos chefs, quando você recebeu o avental já estando no corredor de saída e depois na repescagem. De que forma essas experiências te ajudaram durante a competição?
Essas experiências fizeram com que eu ficasse à flor da pele por todo o programa. De alguma forma que não sei explicar, acho que isso fez com que eu colocasse muito amor nos meus pratos. Acredito que os chefs perceberam isso.
- Sobre a sua participação no Masterchef, o que mais lhe marcou?
Me ver na TV reagindo á pressão. Não me reconheci em alguns momentos. Tenho muito orgulho da minha trajetória no programa, mas percebi que tem certos pontos da minha personalidade que precisam ser melhorados. Isso é ótimo! É sempre bom tentarmos melhorar.
- Qual a sua relação com os outros participantes do programa? Surgiram amizades verdadeiras?
Sim! Com a Sabrina, Jiang, Raul e Larissa. Me dou muito bem com o Gustavo, o Fernando e a Tana também. Na verdade, gosto de todos, só não desenvolvi uma relação com o Cris.
- E com os jurados o que você aprendeu com cada um deles?
O Jacquin é um poço de conhecimento. Minha maior inspiração. A Paola me fez entender o quanto é importante utilizarmos todo o alimento. Trabalhar sem desperdício na cozinha faz com que o ato de cozinhar tenha ainda mais valor. O Fogaça é uma referência para todos nós. Foi o único dos três que mudou de profissão mais velho e conseguiu transformar a sua vida através da gastronomia. Um profissional de muito valor.
- Pra você, quem eram seus grandes concorrentes na competição?
Jiang e Fernando.
- Sobre as provas, qual foi a mais difícil e qual foi a mais tranqüila e por quê?
A mais difícil foi a primeira prova em grupo. Fui escolhida por último e aquilo me desequilibrou um pouco. A mais tranquila foi a semifinal. O desafio era tão grande (o Peixe Sapo) que eu entreguei pra Deus. Fiz o meu melhor sem me sentir pressionada.
- Na final do programa você elaborou um menu inspirado em culinária mineira, com toques de suas memórias afetivas. Esse é realmente seu estilo culinário? Qual o seu prato assinatura?
Esse é o meu estilo. Gosto de comida brasileira de verdade. Quero aplicar as técnicas que vou aprender na Cordon Bleu na gastronomia brasileira. Meu prato assinatura ainda não existe, mas penso em elaborar uma rabada com pesto de agrião que vai ser fenomenal (espero).
- Agora que o programa acabou, quais são os planos da Isabel na vida pós Masterchef Brasil?
Estagiar em cozinhas profissionais e me preparar pra Paris. Será uma aventura maravilhosa!
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