Por Equipe O Cabide Fala
Com duas tramas em que trabalhou no ar (Anjo Mau e Meu Bem Meu Mal) e mais uma que tem por vir no horário nobre da Globo, tivemos a ideia de entrevistar a autora Maria Adelaide Amaral para nos falar sobre esses trabalhos. E não é que ela nos respondeu prontamente!? Vincent Villari, seu parceiro de longa data, também participa da entrevista comentando o primeiro e e seu próximo trabalho com a autora. Confira, está imperdível!!!
Fábio Dias: Como surgiu o convite para escrever Meu Bem Meu Mal? Como foi essa primeira experiência?
O Cassiano ligou para mim e perguntou se eu gostaria de escrever com ele uma novela das 8. E fiquei muito honrada com o convite, é claro. Cassiano foi um grande mestre. Ele e o Silvio de Abreu foram determinantes na minha carreira.
Fábio Dias: Que memórias tem de Meu bem Meu Mal, seu primeiro trabalho na TV? Conte-nos alguma lembrança ou algo que te marcou?
O prazer, a leveza e a alegria com que o Cassiano escreveu essa novela. Isso me contagiou e acabou todo e qualquer preconceito que eu tinha na época sobre fazer telenovela.
Rafael Barbosa: Anjo Mau foi sucesso todas as vezes que foi exibida. Por que você acha que a história da babá Nice agrada tanto ao público, independente da época?
Se a gente pensar bem é uma história recriada da Cinderela, temperada com o espírito de cada época em que foi feita e refeita. A Nice da primeira versão é mais tímida que a Nice do remake, que questiona mais os papeis sociais e é mais guerreira. Mas ainda assim, é a empregada doméstica que casa com o filho do patrão. Os anos passam mas o gosto do público por esse tipo de história parece eterno.
Se a gente pensar bem é uma história recriada da Cinderela, temperada com o espírito de cada época em que foi feita e refeita. A Nice da primeira versão é mais tímida que a Nice do remake, que questiona mais os papeis sociais e é mais guerreira. Mas ainda assim, é a empregada doméstica que casa com o filho do patrão. Os anos passam mas o gosto do público por esse tipo de história parece eterno.
Rafael Barbosa: Na primeira versão, a Nice de Susana Vieira, era uma novidade como uma mocinha com ares de vilã. Com a Glória Pires, isso já não era uma novidade. Quais as principais diferenças entre as as personagem nas duas versões?
A Nice do Cassiano não tem nada de vilã. É só ler os capítulos dele. Eu fiquei atônita quando li. Na verdade é uma pobre coitada. Pode ter certeza.
Rodrigo Ferraz: Conte para nós como foi seu primeiro trabalho na TV, com Lauro Cesar Muniz, em Os Gigantes?
Não foi um trabalho que me motivou na época (1979) a continuar fazendo televisão.
Rodrigo Ferraz: A senhora já trabalhou com vários diretores diferentes, cada um com uma assinatura bem evidente, você escolhe seus diretores? O que te motiva a trabalhar com cada um?
Sempre escolho diretores parceiros, competentes, sensíveis, leais, agregadores, e que se fazem acompanhar de equipes igualmente leais e competentes.
Rodrigo Ferraz: A maioria de suas obras são inspiradas em personagens reais e/ou em livros. Isso aconteceu de forma não premeditada? Como é criar assim e qual a diferença na hora de inventar personagens?
Quem disse? Quase toda a minha obra teatral é criação original. Na teledramaturgia o que é real se confunde com a ficção, naturalmente. Reais ou inventados personagens e situações precisam verdadeiros e coerentes. A realidade pode ser inverossímil. A ficção não.
Com seu parceiro Vincent Villari |
Rafael Barbosa: Já li que prefere as minisséries do que as novelas, e quando tinha de escrever uma, preferia a das seis ou sete. No entanto agora vai estrear no horário das nove com uma trama original. Como se prepara para essa empreitada e pra responsabilidade que o horário exige?
O homem põe e deus dispõe. Essa novela era para o horário das 23 hs. Acharam que a trama dela era muito adequada paras 21 hs. E, felizmente, tenho um parceiro que me animou a abraçar a empreitada, o Vincent Villari. E estamos escrevendo e reescrevendo há um ano e meio. Foi o ganho a novela ter sido adiada, pois nos permitiu criar uma primeira fase e estrear com uma boa frente.
Fábio Dias: "Lobo do Amor", "Sagrada Família" e "A Mais Forte" já foram divulgados como títulos de sua próxima novela das nove. Já tem algum definitivo?
O título definitivo será A LEI DO AMOR.
Fábio Dias: Sangue Bom discutiu sobre o "Ser ou Ter", qual será o foco/mote da próxima novela?
O que nos une.
Fábio Dias: Li que a política será um dos pontos centrais da novela. Não é um risco e ousadia abordar esse tema hoje? Não vai espantar a audiência?
Estamos escrevendo uma novela onde o amor é o tema preponderante. A política ocupa um lugar totalmente secundário (e às vezes cômico).
Fábio Dias: Como foi o seu primeiro trabalho na novela Anjo Mau? Que lembranças tem? Nos conte alguma curiosidade.
Só boas lembranças, de verdade. Foi meu primeiro trabalho como colaborador. Lembro que escrevi pouco, a Adelaide escreveu quase tudo sozinha e na raça (isso ainda era possível naquela época), mas conversava bastante com ela sobre os rumos da história. Inclusive, quem leu todo o texto original do Cassiano fui eu, porque a cópia estava muito apagada e isso deixava a Adelaide com a vista doendo. Eu resumia os capítulos originais e discutia com a Adelaide o que valia a pena manter no remake. Enfim, uma experiência incrível, um começo com o pé direito, entrar em contato direto com o texto do Cassiano e o da Adelaide, um início dos sonhos para um jovem de dezoito anos.
Fábio Dias: O que podemos esperar da próxima parceria de vocês no horário nobre? O que pode adiantar sobre a nova novela?
Muita emoção! Duas porções de romance, uma porção e meia de drama, uma colher de humor e uma dose de crítica, tudo isto servido com personagens apaixonantes, defendidos por um lindo e talentoso elenco!
Fábio Dias: Por que o nome "A Lei do Amor" para a novela?
VINCENT VILLARI também responde ao Cabide:
Só boas lembranças, de verdade. Foi meu primeiro trabalho como colaborador. Lembro que escrevi pouco, a Adelaide escreveu quase tudo sozinha e na raça (isso ainda era possível naquela época), mas conversava bastante com ela sobre os rumos da história. Inclusive, quem leu todo o texto original do Cassiano fui eu, porque a cópia estava muito apagada e isso deixava a Adelaide com a vista doendo. Eu resumia os capítulos originais e discutia com a Adelaide o que valia a pena manter no remake. Enfim, uma experiência incrível, um começo com o pé direito, entrar em contato direto com o texto do Cassiano e o da Adelaide, um início dos sonhos para um jovem de dezoito anos.
Fábio Dias: O que podemos esperar da próxima parceria de vocês no horário nobre? O que pode adiantar sobre a nova novela?
Muita emoção! Duas porções de romance, uma porção e meia de drama, uma colher de humor e uma dose de crítica, tudo isto servido com personagens apaixonantes, defendidos por um lindo e talentoso elenco!
Fábio Dias: Por que o nome "A Lei do Amor" para a novela?
O nome é bom e tem tudo a ver com a novela, pode confiar!
***
Sobre os entrevistadores
0 Comentários