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ENTREVISTA - Rui Vilhena fala de sua peça "Nove em Ponto" e de seus trabalhos na Rede Globo

Por Fábio Dias e Rodrigo Ferraz


Recentemente fomos convidados para assistir a peça "Nove em Ponto", texto de Rui Vilhena com Joana Jorge e Vinícius Marquez. O elenco, encabeçado por Bianca Rinaldi e Leonardo Vieira, reúne quatro personagens que vivem um encontro de potencial explosivo. Ao sair da peça - que gostei muito por sinal -, resolvi convidar novamente Rui para uma entrevista. Ele, prontamente aceitou. Abaixo ele conta mais sobre o espetáculo e um pouco mais de seus trabalhos na Rede Globo. Confira!

Fábio Dias: "Nove em ponto" é seu primeiro texto para o teatro, não? Como surgiu a ideia? Conte mais sobre a peça.
Rui: Já escrevi um musical infantil, “ A Canção dos Oceanos”, que fez parte da programação da abertura da EXPO98 em Lisboa. O espetáculo ficou mais de um ano em cartaz. A idéia de “Nove em Ponto” surgiu de um acidente. Um dia, dirigindo de casa para a academia, me aparece do nada um rapaz numa moto, fugindo da polícia em alta velocidade. Ele bateu de frente comigo.  Apesar do embate os ferimentos não foram graves.  Abalado com a situação fui para casa pensando: poxa, se eu tivesse passado naquela rua alguns segundos antes o acidente não teria acontecido.  Tudo seria diferente”. A peça, escrita com a colaboração de Joana Jorge e Vinícius Marquez, é sobre dois casais que têm um encontro marcado para as nove da noite na casa de um deles.  A história é contada a partir de três versões diferentes. Na primeira, o casal convidado chega quinze minutos antes da hora marcada. Na segunda, chegam pontualmente. Na última, quinze minutos atrasados. A variação de horários influencia toda a narrativa e o desfecho de cada quadro. 

Nos estúdios na Cinecittà em Roma 
Fábio Dias: Você já escreveu novelas, minisséries, telefilme e agora uma peça. Aliás, deu para perceber sua marca na peça, com mistério, romance, comédia e reviravoltas. O que te motiva experimentar cada uma dessas áreas?
Rui: Escrever um texto teatral  surgiu da vontade de explorar novos caminhos, novas linguagens... O artista que não se reinventa acaba ficando para trás. Ano passado escrevi o meu primeiro longa, que começa a ser filmado no segundo semestre e a peça.


Fábio Dias: Achei muito interessante a transição da peça para cada horário do jantar, a volta no tempo com os personagens sendo rebobinados. Já constava no texto ou foi obra da direção? Aliás como chegou à toda essa equipe de atores e direção?
Rui: A idéia de rebobinar as personagens foi do Isser. Foi muito bom trabalhar com ele. A Bianca já tinha lido o texto e gostado. Como ela já conhecia o Isser, enviou a peça para ele ler. Alguns meses depois a peça estreava no Teatro Folha.


Rodrigo Ferraz: Quais são as diferenças para um dramaturgo ver um trabalho seu no palco e na telinha?
Rui: São sensações diferentes. Claro que o prazer de ver as personagens saírem do papel e ganharem vida, é o mesmo, mas... No teatro, eu sinto a reação da platéia de imediato.  Me emociono junto com o público. Na televisão, a emoção não é compartilhada de imediato. Ela é vivida introspectivamente. 


Fábio Dias: Fora de Órbita era o nome provisório da sua novela que ficou em análise no fórum de dramaturgia da Globo. A direção da emissora anda aprovando obras mais populares ou menos ousadas. Sobre o que tratava essa novela?
Rui: Fora de Órbita é um grande projeto. A história continua guardada a sete chaves.

Prêmio que recebeu pelo sucesso de Boogie Oogie nas comunidades Brasileira e Portuguesa nos EUA.

Rodrigo Ferraz: Boogie Oogie teve bastante repercussão, o que mais te marcou em sua estreia na Rede Globo? Que atores e atriz desse elenco gostaria de voltar a trabalhar?
Rui: Boogie Oogie foi uma novela leve e divertida. Levantou o horário, apesar da turbulência com a campanha eleitoral, segundo turno, horário de verão, Natal, Ano Novo e Carnaval. Ainda assim batemos picos de audiência. A novela teve uma equipe maravilhosa. Trabalhar com o Ricardo Waddington, no meu primeiro projeto na Globo, foi um presente de Natal adiantado. O elenco foi cinco estrelas. Adoraria trabalhar com todos novamente. E não, não estou rasgando seda. É mesmo verdade. 

Rodrigo Ferraz: Recentemente saiu que um projeto seu que iria ao às 19h foi cancelado. O que temos para o futuro na TV? Segue na Rede Globo? Conte-nos seus próximos projetos.
Rui: Estou muito feliz na Rede Globo, e sabe como é... Cabeça de autor não para nunca. Sempre criando. Novidades em breve. 

Cena da Peça Nove em Ponto
Serviço Peça "Nove em Ponto"
Local: Teatro Folha
Temporada até: 9 de março
Apresentações: quartas e quintas-feiras, 21h
Ingresso: R$40,00 (setor único)
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos


FOTOS: Arquivo pessoal de Rui Vilhena e Divulgação da peça Nove em Ponto

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Sobre os entrevistadores


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