Por Rodrigo Ferraz
Silvero Pereira, ator que publicamos uma entrevista semana passada é mais que um grande ator, é uma grande atriz, é um grande performer, um baita artista! O universo trans é urgente, 1 trans, travesti, drag queen... é morto a cada 25 horas no nosso país, e a peça dele fala sobre esse universo, cheio de agruras, mas iluminado por natureza. Tema esse que abordei no meu primeiro texto teatral por aqui! Quer (re)ler clique aqui! Mas vamos detalhar um pouco mais de BR-Trans...
Silvero utilizando poucos recursos se reinventa, todas as trans que interpreta tem um Q diferente, quase sem glamour cada uma tem um tipo, voz e corpo... A falta de glamour mostra a simplicidade que muitas delas vivem, o jogo de luz faz as personagens terem destaque sem precisar do brilho que as mais famosas transparecem ter.
Logico que há "Nany Peoples", "Rogerias", entre outras... Mas a maioria das pessoas que não se identificam com o corpo nascido são marginalizadas, muitas tem que se prostituir, e a peça também fala disso... Mas também fala do fator de muitas delas sonharem com o estrelato, o casamento bem sucedido, e muito mais.
Não conheço o trabalho d' As Travestidas grupo que Silvero fundou em 2002, mas sei que o ótimo Jesuita Barbosa está nele e eles mais um grupo de artistas fazem peças, perfomances e outros projetos ligados ao universo, só aumentou minha curiosidade em conhecer mais o trabalho deles.
Falando em travestis, não perca no Drops 46, o do mês que vem você vai ver uma pequena entrevista com Leandra Leal, a atriz consagrada dirige seu primeiro filme o documentário Divinas Divas, que aborda a primeira geração de artistas trans do país!
Última apresentação de BR Trans, Sala Itaú Cultural,
27 de Junho de 2017; 20h00.
Distribuição de ingressos
Público preferencial: duas horas antes do espetáculo, com direito a um acompanhante.
Público não preferencial: uma hora antes do espetáculo, um ingresso por pessoa.
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