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Atual, Rei da Vela é uma peça obrigatória!

Por Rodrigo Ferraz

REI DA VELA! Em 1933, Oswald de Andrade era atual!! Em 1967, Jose Celso Martínez Corrêa era atual!! Em 2017, Oswald e Zé Celso continuam atuais!!!! Apesar de ter escrito em 33, o livro só foi publicado em 1937, ano em que Zé Celso e Renato Borghi nasceram... 30 anos depois, Zé Celso que já dirigia o Teatro Oficina, tirou a peça de Oswald do papel, transformando-a num marco para Cia e para o teatro no país... Hoje, 50 anos depois, a peça volta em cartaz não no espaço de Zé Celso, e sim no Sesc Pinheiros.


O Tropicalismo e o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade são figuras presentes na obra do Zé e nessa estão mais visíveis do que nunca. Quem quiser ver Zé Celso e parte do elenco do Oficina falando da importância de Oswald em uma matéria que fiz para o nosso site, clique aqui. As referências na atualização do texto são deliciosas de tão verdadeiras, algumas mais visíveis, outras nem tanto e por vezes elas são ácidas. Elas estão presentes em forma de texto, figurino, trilha sonora, maquiagem, etc. Admirador das peças d'Oficina que sou, entendi o porquê o Rei da Vela é um clássico para o teatro nacional, quiçá mundial. As atuações estão vigorosas e os atos são muito bem dirigidos, com destaque para o primeiro ato. O protagonista é vivido por Renato Borghi, e olha que bárbaro! O ator viveu a mesma personagem na primeira montagem, ele está numa atuação monstruosa de tão boa, seu personagem é odioso, faz perceber que enquanto houver Abelardos o capitalismo seguirá nesses moldes assassinos.


Falando em Abelardos... Há anos, Zé Celso bate de frente com Silvio Santos, enquanto o artista quer expandir o espaço do Teatro Oficina, antes com o sonho de ter o Teatro Estadium, agora seu desejo é dar um parque aberto para o paulistano. O empresário e apresentador quer construir torres comerciais no mesmo terreno, fazendo o Oficina perder muito da sua beleza, deixando o lugar acinzentado e sem graça. João Doria, prefeito de São Paulo acha que dá pra ter um shopping por lá e usando o Oficina em anexo como se fosse um teatro de puro entretenimento, como na maioria das vezes acontece em shoppins que têm teatros. Nada contra o entretenimento. Ele não é arte e vice versa, algo muito comum de ser confundido, mas não se deve. A classe artística em peso apoia o Oficina, não só pelos seus quase 60 anos de história (que já seria um grande motivo), pois tudo que ele é no presente e ainda pode ser no futuro.

A peça é uma aula de vida e arte! Obrigatória!!


No Sesc Pinheiros. Sábados 19h e Domingos 18h. Os ingressos custam de R$15 à R$50.

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