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Mister Brau e a grandeza do plural

Por Rodrigo Ferraz


Nessa terça-feira feira teoricamente acabou Mister Brau. O seriado que durou 4 temporadas, sai do melhor jeito - com gosto de quero mais e com um sentimento que já abordou tudo que tinha pra abordar, falo teoricamente, pois pode ser que o seriado pode voltar a ser exibido! Nascido sem querer de um personagem que Lázaro viveu no delicioso seriado Doce de Mãe, Brau teve uma responsabilidade e tanto, ser um artista com alta popularidade, ter muito carisma, dançar e cantar músicas leves e principalmente fazer o público pensar sem doutrinar ninguém! 

O seriado apesar de competir com o bem sucedido reality show Master Chef nunca foi ameaçado em matéria de audiência, sempre mantendo um bom número de televisores ligados na Globo. Lázaro Ramos e Tais Araújo são um casal que gosta de trabalhar juntos, não à toa começaram a se relacionar trabalhando em Cobras & Lagartos, de lá pra cá vieram peças, filhos e a novela Geração Brasil. Pudera, eles têm química de sobra, inspiradíssimos os atores não apenas mandaram bem (pra não perder o costume) como dançaram e cantaram. Novamente como par, o casal que além de talentoso pra caramba é lindo, colocou dedo em feridas. 


A mais evidente foi o racismo, os Brau moravam numa mansão em um condomínio da Barra da Tijuca, havia uma vizinha racista, em pouco tempo a família da vizinha já estava próxima dos protagonistas, o marido dela era advogado dos artistas, a personagem era Andrea em uma boa interpretação de Fernanda de Freitas começou a trama explanando preconceitos, o tempo a deixou mais aberta e gostando dos protagonistas, mas que a personagem era interesseira, isso era! A trama abordou o racismo também com os filhos do casal, e com o próprio brasileiro ao mostrar um ídolo pop negro algo raro, na nossa musica pop no mercado genuinamente popular consigo só enxergar Tiaguinho e Ludmila, mas não foi só isso que cutucou. 


Na última temporada Michelle, a personagem de Tais Araujo ganhou força, o empoderamento feminino estava lá latente, tanto que estremeceu o casamento dos personagens, mas o amor falou mais alto e eles voltaram. Priscila, personagem inesquecível de Lázaro Ramos também voltou nessa temporada, assim como em Sexo Frágil o personagem é uma mulher e de fato o ator não faz dele um personagem trans, mas não tem como não pensar nisso nos dias de hoje, só dele estar lá montado já é motivo para pauta de conversas a respeito!

O episódio final termina como um conto de fadas de volta as origens, conhecemos Angola e descobrimos que o protagonista na verdade nasceu lá, reencontrou sua mãe e na cena final em clara referência a Rei Leão vemos uma família descobrindo seu reino, reverenciada pelo seu povo e se reverenciando. Um final digno de chave de ouro! Agora é torcer que lancem em dvds! Você também gostou de Mister Brau?? 

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