Por Rafael Barbosa
Olá leitoras e leitores, o post de hoje é sobre o querido Rodrigo Ferraz, colega aqui do cabide que vocês bem devem conhecer já que ele é o responsável pelas melhores dicas, informações, análises e sobre tudo o que há de melhor no teatro, como na famosa coluna “Drops, curtas e finas”, dentre outras coisas.
Em uma das nossas conversas recentes, ele me falou dos seus próximos trabalhos, o que me deixou curioso para saber mais a respeito e me trouxe a ideia de escrever este texto, aproveitando também o fato de que Rodrigo comemora 15 anos de carreira no teatro e no audiovisual.
Nosso colunista está envolvido com os trabalhos de três diferentes peças, atuando, produzindo e dirigindo. Todas fazem parte da edição deste ano de um dos mais tradicionais festivais de arte de São Paulo, Satyrianas, e uma delas, terá ainda uma curta temporada em dezembro.
Abaixo, você confere um pouco sobre o que trata as montagens, além de informações sobre como e onde assisti-las.
A última estrofe
“A última estrofe” é a peça que encerrará o festival das Satyrianas no domingo (17/11) ás 22h30 no palco dos Sátiros 1. Haverá ainda uma curta temporada no espaço da companhia Pessoal do Faroeste, aos domingos do mês de dezembro, nos dias 1, 8, 15 e 22.
Esta é uma montagem bastante peculiar e que promete muitas surpresas para o público. A peça combina teatro e audiovisual e tem como novidade a exibição de curtas metragens fazendo uma introdução sobre cada personagem.
Esses curtas serão exibidos no início – exclusivamente na temporada de dezembro - e além do elenco que estará no palco, eles trazem participações muito especiais, como a atriz Eliana Guttman e nosso colunista Rodrigo, que é o responsável pela direção. Participam dos filmes também Erick Zamorim, Bianca Belain e Ray Vieira.
O texto é assinado pelo jovem ator e dramaturgo Wood Moura - que também vive o protagonista da história -, em parceria com Whintney Polato, também integrante do elenco.
A peça fala de paixão, obsessão e ódio em um tom romântico dramático, a partir de Dado, personagem de Wood Moura, um astro do rock que vive um momento conturbado na vida pessoal, cheio de dúvidas e que acabará salvo de um precipício por um policial. Dono de um comportamento Dúbio, Dado se apaixona por seu salvador e não medirá esforços para conquista-lo, o que altera de maneira significativa a sua trajetória.
“Você faria de tudo pra conquistar alguém? Sim ou não?” É com essa premissa que “A última estrofe” promete ganhar o público, além de combinar audiovisual, música e interatividade.
A peça tem composições musicais exclusivas e conta com grandes sucessos do rock brasileiro dos anos 80 e 90. Em relação à interatividade, o público terá a oportunidade de influenciar a história em algum momento, com o poder de decidir os rumos dela.
No elenco, Além de Moura e Polato, estão ainda: Daniel Alexs, Carola Valente, Rafael Sabinos e Evelyn Simões.
“É um elenco repleto de talentos e pessoas queridas também”, afirma Rodrigo.
Hitler de Peruca
Rodrigo também dirige a peça “Hitler de Peruca” que será encenada nas Satyrianas nesta quinta-feira (14/11), as 22h30 na sala R4 da SP escola de Teatro.
“É uma peça diferente de tudo o que eu já montei” garante o diretor. “Hitler de Peruca” apresenta um humor extremamente ácido que ao mesmo tempo remete a uma comédia do absurdo. Trata-se da mente insana de um ditador e suas várias vozes internas num holocausto festivo.
O texto é de autoria da dramaturga Michele Ferreira, uma das melhores de sua geração. Ela também é autora da peça “Uísque e vergonha” protagonizada por Alessandra Negrini e dirigida por Nelson Baskerville no início deste ano.
No elenco, o premiado ator Raphael Garcia, João Delle Piagge e Rafael Sabinos, que também está com Rodrigo em “A última estrofe”.
“Sempre quis trabalhar novamente com o Raphael depois que fiz assistência de direção na peça que ele fez, ‘Luz Negra’, da companhia do pessoal do faroeste. Também queria trabalhar com o João como ator, ele já tinha feito a iluminação em uma peça minha. Por fim, achei que o Sabinos iria combinar muito com os dois. Não poderia estar mais feliz” Relata Rodrigo sobre a formação do elenco.
Projeto Casais Pina
E por fim, nosso colunista se lança no desafio de atuar na peça “Projeto casais Pina”, que será encenada também no domingo (17/11), na sala R8 da SP Escola de teatro, ás 15h da tarde.
O texto é uma homenagem à bailarina Pina Bausch, falecida em 2009, e à escritora, dramaturga e roteirista Fernanda Young, que nos deixou neste ano. Trata-se de uma grande performance, que envolve diversas coreografias em um drama que trata dos dilemas enfrentados por vários casais.
Esta montagem é uma concepção de Kiury e Silvia Diaz e conta com 14 atores no elenco. Rodrigo já havia trabalhado antes com Kiury, quando dirigiu, por duas temporadas, a peça “Nosso luto” escrita por ele e agora veio o convite para interpretar. “O trabalho envolve coreografia, algo que eu nunca fiz em cena. É cansativo, mas prazeroso”, afirma Rodrigo sobre estar trabalhando em três peças ao mesmo tempo como ator e diretor.
A pedido de Kiury, Rodrigo até mudou o visual em nome do seu personagem, um sujeito dominador que vive uma relação tóxica e agressiva com a companheira. Ele adotou o cabelo loiro para o papel.
Portanto, para quem estiver afim de uma boa programação teatral no final de semana, as peças acima são boas pedidas, bem como todo o festival Satyrianas. O cabide convida vocês, leitores e leitoras, a prestigiarem nosso colunista Rodrigo em seus trabalhos, bem como o nosso teatro de uma maneira geral, que é de extrema importância, ainda mais em tempos como os que estamos vivendo.
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