Por Natália Rocha
Parabéns para a minha xará!
Ontem, 06 de março, foi dia de
comemorar o aniversário da atriz Natália do Vale, que completou 69 anos. Ela já
viveu diversas personagens: mocinhas, mulheres com o desejo de viver uma grande
paixão e claro, algumas vilãs.
Em minha estreia como colunista d’O
Cabide Fala, escolhi fazer essa homenagem e destacar, entre tantos papéis, os
mais marcantes da carreira dessa grande atriz.
Maria Natália Ferreira do Vale
nasceu em 06 de março de 1953 no Rio de Janeiro. Filha de imigrantes
portugueses, a moça, antes de começar a carreira artística, se formou em
Filosofia pela USP (Universidade de São Paulo). Chegou a dar aulas em
cursinho pré-vestibular. Foi neste período que começou a fazer teatro amador
com o propósito de se tornar atriz.
Em um dos espetáculos, havia na
plateia profissionais da TV Cultura que ficaram impressionados com a atuação de
Natália e a convidaram para integrar o time de apresentadores da emissora. A
jovem atriz também recebeu um convite para atuar e nos teleteatros que a
emissora exibia naquela época.
A moça chamou a atenção de Walter
George Durst que convidou Natália para atuar em uma novela da TV Globo,
‘Gabriela’ (1975), baseada no romance de Jorge Amado, em que interpretou
Aurora. Este foi o seu primeiro papel na Globo. No mesmo ano, foi Mademoiselle
Aimée na novela de época A Moreninha. Em 1976, foi Dora em Saramandaia.
No fim dos anos 1970, Natália Do
Vale foi convidada pelo ator Armando Bógus para trabalhar na peça de teatro Bonifácio Bilhões. Os dois atores, junto de Lima Duarte, fizeram uma
temporada do espetáculo em Portugal.
Ao voltar para o Brasil, em 1980
integrou o elenco da novela Água Viva, de Gilberto Braga, em que viveu
Márcia, uma mulher com mania de grandeza, que queria subir na vida e era casada
com um rapaz pobre, Edir (Cláudio Cavalcanti). Essa personagem fez muito
sucesso com o público que torcia muito pelo casal.
Em 1981, foi uma das protagonistas
da novela de Manoel Carlos, Baila Comigo. Na trama, ela interpretava Lúcia e
fazia para com um dos gêmeos interpretados por Tony Ramos, o Quinzinho.
Em 1982, Natália voltou a
trabalhar com o ator Cláudio Cavalcanti na novela Sétimo Sentido, na qual viveram
novamente um casal que tinha muitas diferenças. Este é outro par romântico
muito lembrado pelo público. Ainda no mesmo ano, ela interpretou a protagonista
Débora, uma moça mimada e geniosa na novela Final Feliz, de Ivani Ribeiro,
única obra inédita da autora na emissora.
No ano de 1984, Natália
interpretou outra mocinha, agora no horário das 19h, na novela Transas e
Caretas, de Lauro César Muniz. Na trama, a protagonista fazia parte de um
triângulo amoroso com os irmãos Jordão (Reginaldo Faria) e Tiago (José Wilker).
A atriz chegou a ser considerada
uma forte candidata para viver a Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985), mas
essa possibilidade acabou não acontecendo. Em 1986, foi Andréia, a vilã que
fazia de tudo por dinheiro na novela Cambalacho, personagem muito lembrado
pelos noveleiros. Em 1989, interpretou Suzanne Webert na novela Que Rei Sou
Eu?.
No início dos anos 1990, a atriz
se dedicou a uma longa temporada de teatro, voltando às novelas em 1993, em que
protagonizou Olho no Olho. Depois disso, começou a interpretar mulheres
maduras, mãe de personagens jovens, mas que ainda lutavam pela sua felicidade
no amor. Esse foi o caso da Helena, a bonitona do Morumbi em A Próxima Vítima (1995) e de Lúcia Prado em Torre de Babel (1998).
Nos anos 2000 a atriz foi Dulce na
minissérie Aquarela do Brasil. Esse também foi o momento que marcou o seu
reencontro com Manoel Carlos, com quem já havia trabalhado nos anos 1980. Em
2003 foi Sílvia em ‘Mulheres Apaixonadas’, uma mulher infeliz no casamento e
que num determinado momento da trama, começa a viver um romance com o noivo da
sua empregada, o taxista Caetano. No ano de 2006, interpretou Carmem na novela
Páginas da Vida e em 2009 deu vida à Ingrid de Viver a vida, mãe dos gêmeos Jorge e Miguel
vividos por Mateus Solano.
Nos últimos anos trabalhou nas novelas Insensato Coração (2011) interpretando Wanda, a mãe que tinha uma paixão cega pelo filho Léo (Gabriel Braga Nunes); esteve ainda em Em Família, (2014), Êta Mundo Bom (2016), Os dias eram assim (2017) , Orgulho e Paixão (2017) e A Dona do Pedaço (2019).
Natália Do Vale tem uma carreira
diversa na TV, cinema e teatro. É uma atriz sempre muito atuante e querida pelo
público, sempre nos dando o prazer de vê-la em cena para admirar a sua
dedicação à arte. Viva ela e sua arte!
***
Paulista, jornalista formada pela Belas Artes (Centro Universitário Belas Artes De São Paulo). É apaixonada por astrologia, teledramaturgia e literatura. Sua paixão pela cultura é tanta, que decidiu criar um blog e um perfil no Instagram para falar mais sobre o que gosta e compartilhar ideias.
1 Comentários
Parabéns 👏 por esse belíssimo texto sobre essa grande atriz, sou fã de carteirinha
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