Por Rodrigo Ferraz
"Fazer rir é mais difícil do que fazer chorar", é o que muitos atores afirmam, mas poucos tem o domínio de cena que Alexandra Richter tem.
Em "Gargalhada Selvagem", ela me fez rir demais. Sua personagem é múltipla e surtada. Com uma atuação irretocável, a atriz em nada lembra suas outras personagens.
Na época da temporada de "A História de Nós 2", do Teatro Porto, ela participou do nosso Invasão de Camarim. Era uma peça que misturava comédia, romance e toques de drama.
Também a vi em "Divã", em que ela e Lilia Cabral "divavam" nos palcos, tanto que levaram para o cinema suas personagens.
Infelizmente não vi seu monólogo: "Uma loira na lua". Deve ter sido delicioso.
Seu último papel na TV a fez experimentar várias camadas de sensações. Gostei muito da Julinha de Além da Ilusão. A atriz teve uma baita química com todos que a cercaram na trama: Paulo Betti, Caroline Dellarosa, Arlete Salles, Claudia Provedel, entre outros.
Mas voltando a falar de seu atual trabalho: "Gargalhada Selvagem" é de morrer de rir, ainda mais se você gosta de humor ácido.
Além do preciosismo da atuação de Alexandra, no palco, ela conta com a companhia de Rodrigo Fagundes e Joel Vieira, que também estão inspirados.
Fui no primeiro dia da peça. Geralmente, nessa primeira apresentação, falta ritmo ao espetáculo, o que não foi o caso. Esse tinha ritmo de sobra, e um dos méritos é de Guilherme Weber, que dirige a obra com inteligência, valorizando o texto de Christopher Durang e as grandes atuações.
A primeira peça que o vi dirigindo foi "Os Altruístas" que também tinha essa marca de ritmo e valorização dos atores. Isso é ótimo!
Além de dirigir, Weber assina a adaptação com Bárbara Duvivier. O texto é tão bem adaptado que até parece cem por cento brasileiro. Destaco as várias referências ao universo teatral.
Que delícia isso!
O cenário é simples e bom. É funcional de um jeito que potencializa a interpretação dos atores. O figurino é outro gol certeiro.
A peça está em cartaz em um dos teatros mais legais da cidade: Teatro Porto.
Se eu fosse você, já garantia um ingresso.
Sextas e sábados ás 20h e Domingos às 17h. Os ingressos variam de R$25 a R$100.
Em breve teremos mais novidades sobre a peça aqui no Cabide. Fique ligado!
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