Por Rodrigo Ferraz
Ele interpretou vampiros. Vampiros são eternos, assim como a arte de Ney Latorraca.
Ator potente, Ney fez inúmeros personagens. Era especialista em comédia mas não era um comediante.
Fez personagens reais como o pai de Zélia Gatai, mas também fez comédia em variados tipos na "Tv Pirata'.
Como esquecer de Barbosa?
Fez Vlad, o vampiro da novela "Vamp" e depois o levou para o teatro na última peça de Jorge Fernando.
Foi no teatro que viveu papéis dos mais variados, de 'O Mistério de Irma Vap", com Marco Nanini, às criações diferentonas de Gerald Thomas, - uma delas acompanhado do seu marido, em que interpretaram um casal formado por um judeu e um palestino que se conheceram no muro das lamentações em formato de... Vagina!
Voltou a ser vampiro em "O Beijo do Vampiro"; viveu o galinha Quéqué; o trambiqueiro Eduardo; o corno nem tão manso, Cornélio, além de outros.
Se em "Estupido Cupido" estreitou laços com Mario Prata, logo ele tinha que estar em "Bang Bang". Aquarius era um cientista bem atrapalhado, apesar de revolucionário.
Discípulo de Marília Pera, ele era perfeccionista como era sua madrinha e não abria mão da perfeição para tudo também.
Sua última participação em novelas foi breve, mas marcante, em Novo Mundo.
A eternidade dos vampiros e de artistas como você Ney, é o que você merece. Palmas!
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