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Fernanda Torres e Walter Salles ganham o mundo, mais uma vez

Por Rodrigo Ferraz

O Drops, nossa tradicional coluna mensal publicada toda primeira sexta-feira do mês, volta sexta que vem. Hoje precisávamos falar do Óscar e, principalmente, de Fernanda Torres e "Ainda Estou Aqui". 

Quem acha que o Globo de Ouro foi o primeiro troféu de cinema mundialmente reconhecido que Fernanda Torres ganhou está muito enganado. Em 1986 ela levou o Palma de Ouro de Cannes por "Eu sei que vou te amar".

No último domingo a atriz teve reais chances de ganhar o Óscar de melhor atriz. O filme "Ainda Estou Aqui", protagonziado por ela, também conseguiu a proeza de ganhar duas grandes indicações: a de Melhor Filme e Melhor Filme de Língua Estrangeira. Como vocês sabem, vencemos nessa última categoria. 

Enfim um Óscar para o cinema brasileiro!  

O filme é extremamente bem feito. Eunice Paiva, vivida por Fernanda, é uma mulher altiva e forte, uma matriarca que cuida da família com carinho e firmeza. A atriz não é piegas e entrega uma interpretação cheia de emoção, sem precisar de cenas de autopiedade.  

Ela está acompanhada de um elenco super inspirado, com destaque para Fernanda Montenegro (como sempre), Selton Mello, Valentina Herszage, Pri Helena e Olivia Torres.  

A direção de Walter Salles é cuidadosa, inteligente e preza pelo realismo, sem querer fazer um documentário. Salles, por sinal, já havia conseguido que suas atrizes: Fernanda Montenegro em "Central do Brasil" e Sandra Corveloni em "Linha de Passe", fossem laureadas em prêmios internacionais.


Fernanda não ganhou o Óscar de Melhor atriz, mas ganhou o mundo. 

Demi Moore, outra forte candidata que disputou na mesma categoria, perdeu para a quase novata Mikey Madison. A jovem atriz interpretou bem sua Anora no filme que leva o nome de sua personagem, mas para mim não chegou aos pés de Torres e Moore.

 "A Substância" é uma grande crítica a essa indústria que tanto despreza o envelhecimento, valorizando demais a juventude. Irônico uma menina que tem 25 anos ganhar, não?

O que importa é que nossa atriz brilha e o nosso filme também. 

"Ainda Estou Aqui" nos faz ter certeza de que a vida presta e a ditadura não pode voltar, nunca mais! 

Um filme feito sem leis de incentivo, na raça e com o dinheiro que a produção conseguiu,  realizando assim um dos maiores e melhores filmes do nosso país!


P.s.: Não perca, teremos uma live no Instagram nessa quarta feira com Eliana Guttman, no meu perfil @EuRodrigoFerraz e no perfil da atriz @EGuttman e, possivelmente, no insta do nosso site  @OCabideFala. Vejo você lá?!

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